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Fly: "Xuxa é o cara, é tudo" - Edição 696 (10/01/2014)


fly (Foto: stefano martini)

Criado no Morro do Telégrafo, no Rio de Janeiro, Vagner Pereira, o Fly, 43 anos, conheceu o sucesso como dançarino do grupo You Can Dance, virou coreógrafo de programas da TV Globo e hoje é diretor do TV Xuxa. O caminho teve percalços como dívidas que o deixaram sem dinheiro até para comer. “Comprei coisas que não tinha como pagar e quebrei”, lembra ele, que atualmente dá palestras sobre educação financeira e é autor do livro Como Saí do Buraco: Desafie Também os Seus Limites. Casado com Christiane Negrão, 41, e pai de Bruna, 4, Fly respondeu as perguntas dos leitores enviadas ao site de QUEM. Na conversa, com a repórter Raquel Pinheiro, ele falou, entre outras coisas, sobre seu relacionamento com a Rainha dos Baixinhos.


1 - Que tipo de relacionamento você tem com a Xuxa?

Tereza de Castro, Salvador (BA)

Sou muito fiel a Xuxa, são 23 anos juntos! Ela e (a ex-diretora de TV) Marlene Mattos me deram a minha vida. Xuxa é o cara, é tudo. Do que ela precisar, pode contar comigo. Descobri que é possível você voar estando com ela. Nunca vou abandonar a Xuxa, só se ela disser que não precisa mais de mim.


2 - Você é um vencedor. Em algum momento pensou em desistir?

Danielle Queiroz, por e-mail

Nunca. Só teve um momento em que me senti fraco, que foi quando minha mãe morreu, de infarto, em 1995. Tive vontade de sair correndo e não parar. Foi quase um ano de muito sofrimento.


Veja mais (Foto: Revista QUEM)

3 - Como você se afundou em dívidas?

Maria Hashimoto, Bauru (SP)

Minha conta de celular era de 5 mil reais. Montei uma academia com cheque especial, comprei coisas que não tinha como pagar e quebrei. Cheguei na lama no dia em que senti fome, fui pegar 3,50 reais no bolso para comer e não tinha. Trabalhava na Globo e não tinha dinheiro. Minha dívida chegou a 40 mil reais. Paguei tudo, sozinho.


4 - Foi difícil sair do fundo do poço?

Paulo de Moares, Santos (SP)

Desesperado, fui a uma livraria e comprei o livro Pai Rico, Pai Pobre, de Robert Kiyosaki. Fui aprendendo sobre educação financeira e resolvi ensinar o que sabia. Hoje, faço palestras na TV Globo e pelo país. O Brasil inteiro está afundado em dívidas, porque aqui não se tem educação financeira. Mas já ajudei muita gente.


fly (Foto: stefano martini)

5 - Quais são suas dicas para quem não quer se endividar? E para sair do buraco?

Paulo Crispim, Porto Alegre (RS)

Não gaste mais do que você ganha e viva dentro de sua realidade. Não financie seu carro em 60 vezes, quem faz isso não pode ter carro. Cheque especial e cartão de crédito são dinheiro caro. Está endividado? Se o dinheiro está entrando na sua conta, o cheque especial levando, e o seu nome não está sujo na praça, vá ao RH da sua empresa e peça para abrir uma outra conta salário. Além disso, existem duas instituições que ajudam os endividados: o Procon e a Defesa do Consumidor.


6 - Lembro de você no You Can Dance. Como aprendeu a dançar?

Claudia da Costa, Rio de Janeiro (RJ)

Para pegar mulher (risos). Ganhar dinheiro era fácil, beijar na boca era muito mais difícil. Minha autoestima era baixa, tinha orelha de abano. Aí, vi que as meninas gostavam de quem dançava. Montamos o You Can Dance e, em 1991, nos apresentamos no Xou da Xuxa. Quando Marlene Mattos falou que estávamos contratados, chorei muito.


7 - Você posou nu com o You Can Dance para uma revista gay. Arrepende-se?

Tarso Pereira, São Paulo (SP)

Nadinha! Fizemos por grana, eu estava quebrado. Xuxa deu a maior força e a namorada que eu tinha falou: “Vai”. Posei amarradão. Não me arrependo de nada do que fiz. Às vezes, ainda me pedem para autografar a revista.


8 - Sua infância foi bacana?

Joana Lopes, Fortaleza (CE)

Foi infância de moleque de morro. De manhã, eu ia para a escola e, à tarde, soltava pipa e ganhava dinheiro vendendo ferro-velho. Minha mãe, Acácia, era faxineira do prédio onde eu morava, e nas horas vagas vendia coxinha, era manicure. Meu pai, Francisco, vendia tecido a metro.


9 - Hoje, você é diretor da Globo. Enfrentou preconceito?

Wagner Real, Cabo Frio (RJ)

Fui assistente de direção, câmera, editei, fiz sonorização. Sempre fui chato, bati na porta e tomei muito não. O preconceito existe, sim. Eu era dançarino, usava boné, falava “e aí, beleza”. Hoje, ando de camisa arrumadinha, tive de mudar para as pessoas me enxergarem de outro jeito. Mas minha essência continua a mesma.


10 - Qual foi o momento mais feliz da sua vida?

Kátia Augusta, Belo Horizonte (MG)

Quando minha filha nasceu, chorei que nem criança. A Bruna é a coisa mais importante para mim. Sou babão, mas educo. Não dou a ela o que não tive. Criança não tem que ter tudo, tem que ter aquilo que você pode dar.


fly (Foto: stefano martini)

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