No ar como o ex-policial André de O Caçador, série que estreou dia 11 na TV Globo e é exibida às sextas-feiras após o Globo Repórter, Cauã Reymond , 33 anos, a define como um “drama criminal”. Ele grava seis dias por semana e o tempo está curto para as “outras coisas da vida”. Ou seja, está solteiro. Ou melhor, conta estar “casado” com o trabalho e com a filha, Sofia, 2. A menina, do casamento com Grazi Massafera, 31, é a dona do seu tempo livre e é a quem o ator se declara. “Ela ocupa um espaço enorme no meu coração”, diz ele, em entrevista exclusiva a QUEM.
“Pode perguntar tudo”, convida Cauã, ao começar a conversa, iniciada após a sessão de fotos em que posou para a nova campanha da Ellus, no Rio de Janeiro, sem garantir que viriam respostas para todas as perguntas.
Simpático e educado, ele desvia o assunto e não fala se realmente se envolveu com Isis Valverde durante as gravações da minissérie Amores Roubados, de julho a setembro de 2013. Em outubro, sob boatos de que teria traído a mulher com Isis, o casamento de sete anos com Grazi acabou. Como é o relacionamento com a ex também é assunto proibido. O que não significa que não faça elogios a ela: “Tem gente que fala que a Sofia é muito parecida com a Grazi. Fico lisonjeado, a Grazi é linda.”
QUEM: A série O Caçador tem uma história ousada. Acha que o público vai gostar?
CAUÃ REYMOND: O horário é difícil, sexta-feira à noite, depois do Globo Repórter e a gente deu uma média de 15, 16 pontos na estreia. O ibope do horário costuma ser 12. Não acho uma proposta tão ousada, não. Acho que a Globo vem investindo em novos tipos de programas e buscando uma qualidade que se aproxima mais do cinema. Não que a gente não tivesse qualidade antes, mas estamos nos aproximando cada vez mais das séries americanas.
QUEM: As cenas de sexo com Cleo Pires vão pegar fogo?
CR: Há cenas superquentes, cenas violentas, cenas dramáticas. Se eu disser que a série foi conduzida de forma sensual, como Amores Roubados, estarei vendendo para você outro produto. Vejo um drama criminal. A Cleo foi supertranquila e muito bem-humorada nessas cenas.
QUEM: Você vive um ex-policial acusado de um crime que não cometeu. Na vida real, já foi acusado de alguma coisa que não fez?
CR: Pergunta capciosa. Boa essa pergunta (risos)! Com certeza, sempre acontece. Entrei na TV em Malhação (2002), tenho 12 anos de carreira e fui amadurecendo o meu olhar com tudo isso. Tem o Cauã de verdade, o Cauã que os outros acham e o Cauã que os outros constroem. Prefiro nem me estressar e dar uma boa risada. Acho que vou viver mais.
QUEM: O que falta para sua felicidade ser completa?
CR: Ninguém está completo, não existe isso. Acho que existem alguns momentos em que a gente se sente completo. Outro dia, alguém me falou uma coisa muito interessante sobre a felicidade. A felicidade é quando você age e toma algumas atitudes ao longo de sua vida e de seu dia a dia que fazem com que, em algum momento, a felicidade possa chegar. É preciso abrir caminhos para a felicidade chegar. Às vezes, dirigindo, você se sente feliz. Às vezes, você acaba uma cena e diz: “Que legal, fiz essa cena bem”. Você vai se preparando, agindo com humor... A gente desencadeia energia.
QUEM: Faria algo diferente em sua vida?
CR: Não, claro que não. A vida de cada um segue um curso e esse curso leva ao amadurecimento. Sou um cara que presto atenção nas minhas atitudes. Não existe um lugar de perfeição. Acho perigoso quando as pessoas acreditam nesse lugar. Todo mundo tem angústias, inclusive as pessoas famosas. Eu tenho a vida que batalhei para ter. Sou um cara trabalhador.
QUEM: Você está solteiro?
CR: Estou casado com meu trabalho e com a minha filha.
QUEM: Com esse ritmo de trabalho, dá para curtir a Sofia?
CR: Com certeza. Tem uma loucura, mas existem prioridades. Minha filha é a prioridade número 1.
QUEM: O que a Sofia tem de você?
CR: Não sou muito bom nisso. Tem gente que fala que ela é muito parecida com a Grazi. Fico lisonjeado, a Grazi é linda. Se dizem que ela é parecida comigo, fico preocupado. Prefiro que ela se pareça com a Grazi (risos).
QUEM: Você e Grazi conseguem ter uma relação de amizade?
CR: A Sofia está muito bem, obrigado. Está linda, um espetáculo!
QUEM: Depois do turbilhão que é uma separação, acha que sua vida já entrou nos eixos?
CR: Acho que sim. Dentro da falta de rotina, existe uma rotina.
QUEM: O que rolou entre você e a Isis Valverde? Pode falar sobre isso?
CR: Não.
QUEM: Você ficou com receio de visitá-la no hospital quando ela se acidentou no fim de janeiro e gerar mais fofoca?
CR: Ela está bem. Vocês estão esquecendo que o Osmar Prado viveu um câncer ao longo da minissérie (Amores Roubados). O Osmar foi brilhante, um guerreiro, da mesma forma como foi o Reynaldo Gianecchini. De certa forma, casos mais sérios que o acidente da Isis, que, graças a Deus, pelo que sei, está superbem. Acho a Isis extremamente talentosa, como acho a Patricia Pillar e a Dira Paes, com quem fiz cenas superquentes (na mesma minissérie). A Isis era casada (com o produtor e músico Tom Rezende), ele foi visitar o set.
QUEM: Está preparado para se apaixonar novamente?
CR: Quando acabar O Caçador, daqui a dois meses, terei mais tempo para as outras coisas da vida. Não estou pensando nisso agora. Estou apaixonado pela minha filha. Ela ocupa um espaço enorme no meu coração.
QUEM: A sua vida hoje é um mar calmo ou um mar de ressaca?
CR: Varia, que nem o mar. Tem dias de ressaca e dias supercalminhos. Hoje, tenho meio metrão de onda, mas isso não é ruim. Adoro surfar na ressaca.
QUEM: Você se apega a que nos momentos difíceis?
CR: Rezo todos os dias e gosto de fazer minha cama rezando, é um hábito. Durante um tempo, perdi uma vozinha que pode ser chamada de anjo da guarda, consciência, espírito amigo. De um tempo para cá, voltei a ouvir isso. É muito bacana.
QUEM: Pensa em se casar de novo, ter mais filhos?
CR: Penso. Um colega vai ter um filho e não quis saber o sexo, acho que vou curtir essa onda. Vai acontecer com o tempo, delicadeza, de forma simples. É verdade que eu realmente estou casado com minha filha e o trabalho. Sei que é uma brincadeira, mas, se você realmente parar para pensar, trabalho seis dias por semana. Tenho pouco tempo para mim, mas estou muito feliz com O Caçador e minha filha está muito bem, graças a Deus.
QUEM: Você disse recentemente que por ter sido casado por muito tempo perdeu o jeito de paquerar. Isso é sério?
CR: O mundo mudou muito em sete anos. Ouço amigos que não sabem se ligam no dia seguinte ou não ligam. Não estou paquerando ninguém, mas, se eu for fazer, vai ser com o coração. Vou seguir meu coração e desejo.
QUEM: O que faz para manter o corpo em dia?
CR: Para ficar saudável, né? (risos). Faço natação. Gosto de correr na areia fofa e faço um pouco de musculação. Quando dá tempo, vou surfar, mas tenho surfado menos do que gostaria. Me organizo de acordo com o roteiro de gravações, mas malho cinco vezes na semana.
QUEM: Você se acha sexy?
CR: Você tem que perguntar isso para uma mulher, vai (risos). Tem dias que você acorda e se acha bonito, isso é sincero. Tem outros que você diz: “Hoje, estou meio mal, não estou bem”. Hoje, eu me senti bem, hoje estou legal.