A Vênus de Milo é uma estátua da Grécia Antiga. Esculpida no período helenístico, seu autor é desconhecido. Foi, provavelmente, produzida entre os anos 100 e 190 a.C. Ela foi descoberta em 1820 na ilha de Milos, na Grécia. E hoje se encontra exposta no Museu do Louvre. Por haverem diferentes versões sobre sua origem, a estátua está envolvida num mistério.
Essa obra representa Afrodite, a deusa do amor e da beleza na mitologia grega. Conhecida como Vênus pelos romanos. Uma das mais cultuadas da Antiguidade Clássica, pois é o símbolo da beleza ideal da época. Quando foi descoberta, havia uma insistência por parte dos franceses em restituir obras saqueadas durante o domínio napoleônico para os países de origem.
Dessa forma, foi bastante promovida pelo governo, se tornando orgulho nacional e status para a França. Contudo, esse prestígio atrapalhou o processo de identificação da obra. Mas essa não é a única polêmica que envolve a estátua. A posição do corpo, somada a ondulação do manto e dos cabelos da Vênus, dão movimento à escultura. Além disso, a falta dos braços é um enigma.
A estátua carrega um forte realismo. De qualquer ângulo que é vista, a mulher parece estar em movimento. Essa mede 2,02 metros de altura, pesa 900 kg e é composta por dois pedaços de mármore de Paros. Unidas por grampos de ferro, essas duas partes marcam a cintura da Vênus de Milo. Pela altura incomum às mulheres da época, a escultura foi relacionada a uma entidade divina.
A obra é uma mulher seminua da cintura para cima, mostrando os ombros, seios e barriga. Ela está de pé, com a perna esquerda levemente dobrada e levantada. A posição do corpo não totalmente reto acentua as curvas do corpo, mostrando feminilidade e sensualidade. Por isso, acredita-se que a estátua é uma homenagem à deusa do Amor. Seus cabelos são ondulados presos num coque.
Na parte de baixo do corpo, o mármore foi esculpido lembrando as dobras de um tecido que cobre as pernas. A impressão do movimento do manto caindo é intensificada pelo jogo de luz e sombra. Seu rosto é sereno e com poucas emoções, carregando uma expressão e olhar enigmáticos. Acredita-se que os braços, pés e outras partes menores foram esculpidas separadamente. Técnica muito comum do período neoclássico.
Além disso, a Vênus de Milo apresenta alguns orifícios em sua estrutura. Portanto, muitos estudiosos presumem que ela foi esculpida com brincos, braceletes e uma tiara ou coroa. Porém, esses objetos nunca foram encontrados. Outro ponto é a falta dos braços. Não se sabe como eles sumiram. Existem fontes que dizem que, junto à estátua, foi encontrada uma mão segurando uma maçã. A teoria faz sentido, uma vez que a deusa era representada com o fruto.
A estátua foi encontrada em 10 de agosto de 1820 já sem os braços pelo um camponês Yorgos Kentrotas, nas Ilhas Cíclades. Portanto, sua origem é grega. Junto a ela estava uma mão segurando uma maçã, conforme a representação da deusa Afrodite que recebeu a fruta como presente de Páris de Troia. Além disso, Milos significa maçã, em grego, o que garante lógica a teoria do nome da obra.
Sabe-se que a Vênus de Milo estava dividida em dois pedaços. Assim foi vendida a um oficial da Marinha Francesa no porto de Milos, no mar Egeu, por volta do século XIX. Na época, o governo francês estava restituindo aos países de origem obras que foram saqueadas por Napoleão Bonaparte.
Sendo assim, há pouco haviam devolvido à Itália a Vênus de Medici. Portanto, quando a estátua grega chegou na França ficou famosa muito rápido.
Por não se saber ao certo de quem é o autor da Vênus de Milo, existem várias controvérsias. Ao ser levada ao Louvre, a mando do rei Luis XVIII, por exemplo, sua autoria foi atribuída a Praxíteles. Inclusive, sua primeira identificação foi como sendo do período clássico.
Enquanto isso, outros indicam Alexandre de Antioquia como seu criador. Isso porque o artista era amante do neoclássico, e as características da estátua combinam com o movimento artístico desse período. Contudo, não existem versões definitivas de sua autoria até hoje.
A obra foi, então, foi exposta no Museu do Louvre e permanece lá até hoje. E, certamente, sua fama e seus enigmas continuam intrigando as pessoas. Seu formato e a falta dos membros superiores, por exemplo, a tornaram emblema da beleza e de símbolo de escultura do mundo clássico.
Você já tinha ouvido falar da Vênus de Milo? Se gostou de conhecer um pouco mais sobre essa estátua famosa, então vem conferir outros conteúdos. Leia: A pessoa atrás de Mona Lisa pode ser diferente do que você sempre pensou.
Fontes: Opera Mundi, Toda Matéria e Cultura Genial.
Imagem de destaque: Sintonize Ciência.
Essa matéria Vênus de Milo – História e curiosidades sobre a famosa estátua grega foi criada pelo site Conhecimento Científico.