Nós todos somos bombardeados com ordens de LAVAR AS MÃOS quase diariamente. Mas alguns seres ainda estão aprendendo esse importante hábito de higiene que simplesmente nos tornou um pouco mais civilizados. A orangotango Sandra aprendeu a lavar as mãos agora, aos 34 anos
As imagens dela lidando com a própria higiene foram compartilhadas pelo parque onde ela vive, o Center For Great Apes, na Flórida (EUA)
Obviamente tal fato viralizou, ainda mais em tempos envolvendo uma pandemia global assustadora
Para melhorar, ela pareceu ter gostado do aprendizado e esfregou as mãos por cerca de 20 segundos, justamente a recomendação universal para se manter livre do contágio do novo coronavírus
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Em janeiro, Sandra comemorou 34 anos e ganhou uma festa dos diretores do parque onde vive com outros 22 orangotangos. Se você está reconhecendo o nome dela de algum lugar, é porque já descrevemos (em julho do ano passado) a complexa trajetória dela, quando se tornou uma pessoa jurídica na Argentina. Relembre a seguir!
Sandra é uma orangotango (o primata mais tranquilo e solitário entre os registrados) de 33 anos que nasceu na extinta Alemanha Oriental. Em 1995, aos 9 anos, ela foi vendida para o Zoológico de Buenos Aires. Ela é o único orangotango em toda a Argentina. Recentemente, se tornou ainda mais única: foi reconhecida como uma "pessoa"
Em 2014, isolada, ela foi representada na Justiça por Andrés Gil Domínguez, da Associação de Funcionários Públicos e Advogados pelos Direitos dos Animais
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Parecia apenas um caso de rotina, mas que logo ganhou ares históricos, como demonstra uma reportagem recente do jornal El País
A ação declarava que Sandra não é uma "coisa" para ser armazenada como ela era, em uma pequena sala
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A juíza Elena Liberatori, do Tribunal Contencioso, Administrativo e Tributário número 4, de Buenos Aires, tomou o caso como exemplo
Primeiro ela aceitou o argumento de que Sandra se tornara "cronicamente deprimida"
Em 2015, a primeira sentença da juíza: Sandra era um "sujeito de direito" e deveria ter seu bem-estar levado em conta
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Portanto, a direção do zoológico (de propriedade do governo municipal de Buenos Aires) deveria garantir "as condições naturais de seu habitat"
O caso subiu para as instâncias superiores, onde liminares tentaram invalidar a decisão
Mas, uma corte de apelações manteve o status de "pessoa não humana" para Sandra
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O contexto do zoológico também mudou e a prefeitura decidiu transformá-lo em um ecoparque
A ideia era não ter mais animais isolados e confinados
A juíza Elena determinou que Sandra tivesse um lugar adequado para viver até o fim da vida
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Tudo porque ela não conseguiria viver na natureza por ter nascido em cativeiro, além de ser mestiça entre duas espécies de orangotangos, o que significa ser rejeitada pelas duas grandes espécies
Em sua última decisão (aparentemente definitiva, Justiça é sempre um negócio complicado), o tribunal acabou decidindo pela transferência para o Centro para Grandes Macacos, na Flórida
Os custos não são baixos (cerca de R$ 260.000) e a burocracia maior ainda. Mas a prefeitura, ainda "dona" de Sandra, e o tribunal, afirmam que a viagem ocorrerá ainda em 2019. Aparentemente, temos um final feliz
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