Diversos clientes que compraram o lança-chamas do empresário Elon Musk receberam visitas da polícia, foram multados e um deles até foi preso. O dispositivo foi considerado perigoso por policiais, que inciaram uma série de operações para tirá-lo do mercado.
O produto recebeu o nome engraçadinho de "Not A Flamethrower", ou "Não É Um Lança-chamas", justamente para não alarmar funcionários de alfândegas e patrulheiros da polícia.
Mas as autoridades de várias partes do mundo não se convenceram que o aparelho não é uma arma perigosa e iniciaram apreensões.
Prisão
O americano Max Craddock (foto abaixo) foi preso em junho de 2018, na Sardenha (Itália), após embarcar em um ônibus participar portando o lança-chamas.
Ele ficou quase uma semana preso e passou por momentos tensos ao descobrir que é possível ser sentenciado a 10 anos de prisão por possuir um lança-chamas.
Dois meses após a prisão de Max, a casa de John Richardson, em Londres, foi invadida por cinco homens com roupas táticas. A cena de filme de ação tinha um objetivo: apreender o Not A Flamethrower.
O site TechCrunch afirma que mais de 2.000 lança-chamas do tipo foram apreendidos por policiais ou alfândegas, metade deles apenas na Suíça. Alguns dos compradores não apenas ficaram sem o dispositivo, mas também enfrentam acusações de porte de arma.
Nos Estados Unidos, o aparelho é alvo de uma investigação federal, mas até o momento nenhuma prisão foi feita — embora três unidades tenham sido apreendidas com traficantes de drogas no país.
Ideia perigosa
A ideia para criar um lança-chamas surgiu quando Musk precisou de dinheiro para continuar com seus planos de criar túneis que transportavam carros e aliviavam engarrafamentos, projeto iniciado em 2016 por uma nova empresa criada por ele, a The Boring Company.
A empresa anunciou 20.000 unidades do Not A Flamethrower, por US$ 500 cada, em um anúncio que alguns demoraram para acreditar ser real.
O produto se esgotou rapidamente, comprados principalmente por sujeitos que se descrevem como fãs de Musk.
O próprio Musk já se defendeu publicamente de acusações informais de que estava vendendo uma arma que poderia ser perigosa. O empresário afirma que se trata de um brinquedo divertido, que em nada se diferencia de aparelhos do tipo usados para derreter neve.
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