Marilyn Hartman tem 69 e é especialista em viajar clandestinamente. Ela consegue driblar todas as barreiras em aeroportos, embarcar e chegar ao destino sem passaporte ou passagem na mão. A norte-americana foi notícia esta semana novamente, ao tentar embarcar clandestinamente no Aeroporto Internacional O'Hare de Chicago.
Antes de chegar ao local, ela fugiu de uma série de equipamentos de vigilância instalados por policiais na casa dela.
No aeroporto, ela foi presa por autoridades de transporte aéreo do país, acusada de violar a segurança de diversos aeroportos em todo país.
Segundo o NY Post, Marilyn já enganou autoridades da TSA (Administração para a Segurança dos Transportes) ao menos 30 vezes, em diversas viagens clandestinas, nacionais e internacionais.
Segundo relatórios, ela já conseguiu viajar para Londres, Copenhague e Paris sem ter passagens e, muitas vezes, sem passaporte.
Marilyn Hartman é uma sem-teto e afirma não ser uma "gênio do crime", como alguns alegaram. Ela diz que suas viagens clandestinas só foram possíveis explorando falhas dos funcionários dos aeroportos, mas ninguém sabe exatamente como ela é capaz de tais façanhas.
Em uma declaração ao Guardian, em 2018, a senhora afirmou ter sido vítima de uma conspiração mundial liderada por Barack Obama.
Ao mesmo jornal ela também disse que sofre de uma doença mental chamada "síndrome do trauma do denunciante", que a impulsiona a entrar em aviões sem pagar.
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Recentemente, ela também revelou estar "profundamente deprimida" e sofrer de "transtorno bipolar". De acordo com o NY Post, nenhum diagnóstico oficial foi feito.
História de furtividade
A trajetória criminosa de Marilyn começou em 2002, ao voar para Copenhague. Depois, o destino foi Paris. Apenas em 2014, já com dezenas de viagens feitas, ela foi presa pela primeira vez, em Los Angeles.
Seis meses depois, ela já estava na ativa novamente, e foi flagrada tentando fazer check-in em um hotel luxuoso com o nome de outra pessoa.
No início de 2018, ela foi sentenciada à 18 meses de condicional e impedida de entrar em um aeroporto sem um cartão de embarque válido — na época, ela voou com sucesso para Londres e foi pega na volta.
Um ano depois, ela foi presa de novo no aeroporto de Chicago, em uma violação da condicional, e sentenciada. Na prisão, ela recebeu aconselhamento psiquiátrico.
O site Daily Press até fez uma longa timeline de todos os 22 processos e crimes cometidos pela simpática vovó.
A trajetória de Marilyn não para aí: há um ano ela foi solta, juntamente com outros criminosos de baixa periculosidade, por causa da pandemia global de covid-19.
Querendo aproveitar a oportunidade, a vovó foi para o aeroporto de Chicago e tentou embarcar para um destino não divulgado. Ela foi presa por violação de sentença, após policiais rastrearem o GPS da tornozeleira eletrônica dela.
No momento, ainda não se sabe se a pena dela se tornará mais rígida ou se novos processos serão abertos.
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