O tsuru acima tem apenas 60 micrômetros de largura — ou 0,006 cm. Essa medida o coloca no posto de menor origami do mundo: ele é 20 vezes menor do que um grão de areia, por exemplo.
A minúscula ave não foi feita apenas para exaltar a secular arte japonesa de dobrar papel. Trata-se de uma estrutura robótica dobrável desenvolvida em laboratório por pesquisadores da Unievrsidade de Cornell, em Nova York.
Ela foi construída em uma folha com aproximadamente 30 átomos de espessura, por meio do que os cientistas chamam de "atuadores com memória de forma", que reagem (se dobrando, nesse caso) a partir da aplicação de choques elétricos.
Apesar de divertida, a ideia não gira em torno de origamis. Mas sim, do fato de podermos trabalhar com estruturas programáveis em uma escala nanométrica. "Queremos robôs microscópicos, mas com cérebros a bordo", explica Itai Cohen, físico e líder da pesquisa em nanotecnologia.
Ele cita diversas funções e tarefas já realizadas por robôs em escala humana, como limpeza doméstica, construção de carros e até a exploração de outros planetas. E provoca: "Agora imagine um mundo onde criamos robôs com um grau semelhante de funcionalidade em escala micro."
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Cohen acredita que temos uma verdadeira fábrica ao alcance, capaz de transformar a maneira de fazer as coisas atualmente. Como "desenvolver instrumentos robóticos que realizem cirurgias mais delicadas em escalas de comprimento menores", ilustra.
A pesquisa completa sobre o desenvolvimento dos origamis foi publicada no dia 17 de abril, na revista Science Robotics.
Já um rapaz consegue reproduzir muita coisa com purê de batata, como a picape da Tesla, as ruínas de Stonehenge e o carro do filme De Volta Para o Futuro. Confira abaixo!